A afirmação que uso no título deste comentário é do presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, o peemedebista do Rio de Janeiro, Eduardo Cunha.
Ele a fez respondendo pergunta de um telespectador durante entrevista que concedeu aos jornalistas Denise Rotemburg e José Maria Trindade, apresentadores do programa “Frente a frente”, na Rede Vida de Televisão.
A entrevista foi no dia 4.
Denise lembrou a razão da pergunta do telespectador. É que o atual presidente da Câmara é autor de um projeto que acaba com o exame de ordem e ela queria saber se Eduardo Cunha aproveitaria essa sua posição para colocar o projeto em pauta de votação.
Ele respondeu o seguinte: Pode até pautar, mas isso não é principal. O principal é saber se tem condição de conquistar a maioria necessária à sua aprovação. Em Legislatura anterior o projeto já foi submetido a voto e perdeu, lembrou o próprio presidente.
Mas, ele não se esquivou de dar a sua opinião sobre o “exame” e eu a transcrevo:
“Eu acho um dos maiores absurdos a manutenção desse exame, que é um exame, na minha opinião, nefasto”. E prosseguiu:
“Além de tudo porque (a advocacia) é a única categoria profissional que a pessoa, após se formar, para exercê-la, precisa de um exame de ordem, um exame de sindicato, um exame de corporação, porque eu faço a faculdade e a faculdade não vale nada”.
E termina a resposta com uma indagação fulminante:
“Se a Medicina não precisa isso, Arquitetura não precisa isso, Engenharia não precisa, por que a advocacia precisa?”
Com a palavra a sociedade.
Poti Neto (PMDB)
Vice-prefeito de São Gonçalo-RN
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
Não ao impeachment
Todo mundo já sabe o que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, fará se vier a receber um pedido de impeachment da presidente Dilma baseado em atos que tenham sido praticados no mandato anterior: ele mandará arquivar.
Essa foi uma das principais notícias de ontem nas páginas informativas da internet. Mas, sobre o assunto, o presidente da Câmara já havia se manifestado antes, como no dia 4, na entrevista que concedeu a Denise Rothemburg e José Maria Trindade, no programa “Frente a Frente”, na Rede Vida de Televisão.
Na ocasião, os jornalistas disseram que, nas conversas de bastidor, há uma preocupação com o processo de enfraquecimento político da presidente da República, cuja situação estaria caminhando para ficar insustentável.
Para Eduardo Cunha, por trás dessa realidade há uma série de fatores: “Você tem aqueles que foram vencidos e não se conformam; tem aqueles que venceram a eleição e acham que votaram errado, porque se decepcionaram de alguma maneira; e tem aqueles que nem uma coisa nem outra, ficam ao sabor da confusão”.
Pelo raciocínio do deputado, esse quadro é preocupante pelo fato de indicar um processo de ruptura, “que não é a melhor coisa para o país”. Segundo Cunha, “o Brasil precisa de estabilidade política para ter estabilidade econômica”.
Claro, o presidente da Câmara reconhece que é delicado o momento atravessado pela presidente. Afinal, “a Petrobras é a maior história de corrupção do planeta” e a sociedade exige “punições exemplares”. “Mas – prossegue – nunca ninguém ouviu falar, nem da parte dos maiores adversários dela - que a presidente da República esteve envolvida em qualquer tipo de erro. Podem criticá-la administrativamente; podem criticar a suposta omissão, mas jamais criticá-la por ter tido qualquer participação ou conhecimento desses malfeitos”.
Não é que tudo tenha que ficar como está. Pelo contrário: “É claro que ela tem que tomar atitudes; é claro que ela tem que mudar muita coisa, como está tentando fazer na economia e, embora tardiamente, na própria Petrobras”.
Bom: considero bastante racional e equilibrado o raciocínio do presidente da Câmara, não obstante as notórias diferenças políticas que tem com a presidente da República. Mas, sem dúvida, ele fala com a segurança e a firmeza de quem deseja o melhor para o Brasil.
Ainda não vi nem ouvi todo o teor de sua entrevista à Rede Vida. Foram quase duas horas de conversa. E eu, como iniciante, preciso ouvir e "re-ouvir" para poder repassar aquilo que entendo como mais interessante.
Até a próxima.
Poti Neto (PMDB)
Vice-prefeito de São Gonçalo (RN)
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Um presidente que sabe se impor
Conhecia o deputado carioca Eduardo Cunha (PMDB) só de ouvir falar, mas estou vivamente impressionado com o seu desempenho na presidência da Câmara, sucedendo a Henrique Eduardo Alves.
Aliás, esta não é a primeira vez que Eduardo Cunha sucede a Henrique. Foi ele que substituiu nosso conterrâneo no começo de 2013 como líder da bancada do PMDB na Câmara.
Não vou esconder que vibrei com a sua vitória na eleição realizada dia 1º de fevereiro, pelo fato de ser um nome do PMDB e por ter neutralizado, de forma habilidosa e serena, o rolo compressor do Palácio do Planalto.
De forma amadorística, até infantil, politicamente falando, o governo fez tudo para impedir que ele chegasse ao comando da Câmara e se tornasse o segundo na linha sucessória da Presidência da República.
Desde então, venho acompanhando o seu dia a dia e a forma dedicada como vem se conduzindo no cargo, zelando pelas prerrogativas parlamentares, pela autonomia do Legislativo e pelo relacionamento harmônico e respeitoso entre os poderes.
Nesta quarta-feira (11), tive o privilégio de receber de um amigo, em Brasília, o DVD com uma entrevista que concedeu ao programa "Frente a Frente”, conduzido pelos jornalistas Denise Rothemburg e José Maria Trindade, da Rede Vida de Televisão, no dia 4, só três dias depois de assumir a importante função.
Tentarei, a partir de agora, a cada dia, destacar um ponto dessa entrevista. E vou começar com aquele que muito me interessou: o reconhecimento, pelo presidente da Câmara, do estado de deterioração que marca hoje, em nível nacional, a relação PMDB-PT.
Disse ele:
"O PT, de certa forma, tem sido um partido que tem um projeto para esvaziar o PMDB. É nítido e claro o que está acontecendo e, aliás, não é de hoje. Vem de antes da campanha eleitoral" (do ano passado).
Aqui no Rio Grande do Norte, sentimos na própria carne esse projeto petista. Então, considero que, nesse aspecto, o presidente da Câmara está coberto de razão.
Por sinal, na mesma entrevista, o deputado Eduardo Cunha não escondeu outro entendimento que, certamente, é compartilhado por muitos peemedebistas aqui e no Brasil inteiro:
"O PMDB precisa construir o seu próprio projeto de partido, inclusive para lançar uma candidatura presidencial já em 2018".
O que é que vocês acham?
Bem, hoje vou ficando por aqui. No próximo tópico que pretendo focalizar, vou analisar o pensamento do presidente Eduardo Cunha sobre o propalado pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Poti Neto (PMDB)
Vice-prefeito de São Gonçalo (RN)
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