quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Um presidente que sabe se impor


Conhecia o deputado carioca Eduardo Cunha (PMDB) só de ouvir falar, mas estou vivamente impressionado com o seu desempenho na presidência da Câmara, sucedendo a Henrique Eduardo Alves.

Aliás, esta não é a primeira vez que Eduardo Cunha sucede a Henrique. Foi ele que substituiu nosso conterrâneo no começo de 2013 como líder da bancada do PMDB na Câmara.

Não vou esconder que vibrei com a sua vitória na eleição realizada dia 1º de fevereiro, pelo fato de ser um nome do PMDB e por ter neutralizado, de forma habilidosa e serena, o rolo compressor do Palácio do Planalto.

De forma amadorística, até infantil, politicamente falando, o governo fez tudo para impedir que ele chegasse ao comando da Câmara e se tornasse o segundo na linha sucessória da Presidência da República.

Desde então, venho acompanhando o seu dia a dia e a forma dedicada como vem se conduzindo no cargo, zelando pelas prerrogativas parlamentares, pela autonomia do Legislativo e pelo relacionamento harmônico e respeitoso entre os poderes.

Nesta quarta-feira (11), tive o privilégio de receber de um amigo, em Brasília, o DVD com uma entrevista que concedeu ao programa "Frente a Frente”, conduzido pelos jornalistas Denise Rothemburg e José Maria Trindade, da Rede Vida de Televisão, no dia 4, só três dias depois de assumir a importante função.

Tentarei, a partir de agora, a cada dia, destacar um ponto dessa entrevista. E vou começar com aquele que muito me interessou: o reconhecimento, pelo presidente da Câmara, do estado de deterioração que marca hoje, em nível nacional, a relação PMDB-PT.

Disse ele:

"O PT, de certa forma, tem sido um partido que tem um projeto para esvaziar o PMDB. É nítido e claro o que está acontecendo e, aliás, não é de hoje. Vem de antes da campanha eleitoral" (do ano passado).

Aqui no Rio Grande do Norte, sentimos na própria carne esse projeto petista. Então, considero que, nesse aspecto, o presidente da Câmara está coberto de razão.

Por sinal, na mesma entrevista, o deputado Eduardo Cunha não escondeu outro entendimento que, certamente, é compartilhado por muitos peemedebistas aqui e no Brasil inteiro:

"O PMDB precisa construir o seu próprio projeto de partido, inclusive para lançar uma candidatura presidencial já em 2018".

O que é que vocês acham?

Bem, hoje vou ficando por aqui. No próximo tópico que pretendo focalizar, vou analisar o pensamento do presidente Eduardo Cunha sobre o propalado pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Poti Neto (PMDB)

Vice-prefeito de São Gonçalo (RN)

Nenhum comentário: