segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Ficar vidrado no retrovisor não tem futuro

Em recente entrevista, devidamente propagada por sua assessoria, o candidato ao governo do RN, Robinson Faria (PSD-PT), criticou os ex-governadores que estão reunidos, hoje, no apoio ao seu adversário do PMDB-PSB, Henrique Eduardo Alves.

Disse mais ou menos o seguinte: “Eles já foram governo há 40 anos e nada mudaram. Por que irão mudar agora?”

Duas observações sobre essa afirmação.

Primeira: Robinson deveria ter usado o pronome “Nós” e não “Eles”, pois todos os governantes que já passaram pelo comando do Rio Grande do Norte, repito, todos, tiveram o apoio incondicional do então deputado Robinson Faria.

Ou seja: Se “não mudaram”, Robinson foi cúmplice de todos eles, pois os apoiou incondicionalmente, inclusive no período em que passou oito anos consecutivos como presidente da Assembleia Legislativa.

Segunda: Administração pública não é algo estático, imutável, que não sai do lugar. O que foi feito ou deixou de ser no passado foi no passado. Os problemas estão sempre em evolução e sua gravidade vincula-se a uma série de fatores como crescimento da população, situação econômica, condições climáticas, etc, etc.

Daí a afirmação de homens públicos com experiência e com visão humanista como o candidato Henrique Eduardo Alves: “Não vou governar olhando pelo retrovisor”.

Se Robinson insiste nessa tecla é sinal de que continua lendo em cartilhas bem conhecidas pelo povo do Rio Grande do Norte. Foi por não largarem o retrovisor que duas governantes, num passado ainda recente e – digamos – até atual, tanto decepcionaram Natal e o Rio Grande do Norte.

Poti Neto (PMDB)

Vice-prefeito de São Gonçalo-RN

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