Em recente entrevista, devidamente propagada por sua assessoria, o
candidato ao governo do RN, Robinson Faria (PSD-PT), criticou os
ex-governadores que estão reunidos, hoje, no apoio ao seu adversário do
PMDB-PSB, Henrique Eduardo Alves.
Disse mais ou menos o seguinte: “Eles já foram governo há 40 anos e nada mudaram. Por que irão mudar agora?”
Duas observações sobre essa afirmação.
Primeira: Robinson deveria ter usado o pronome “Nós” e não “Eles”, pois
todos os governantes que já passaram pelo comando do Rio Grande do
Norte, repito, todos, tiveram o apoio incondicional do então deputado
Robinson Faria.
Ou seja: Se “não mudaram”, Robinson foi
cúmplice de todos eles, pois os apoiou incondicionalmente, inclusive no
período em que passou oito anos consecutivos como presidente da
Assembleia Legislativa.
Segunda: Administração pública não é
algo estático, imutável, que não sai do lugar. O que foi feito ou deixou
de ser no passado foi no passado. Os problemas estão sempre em evolução
e sua gravidade vincula-se a uma série de fatores como crescimento da
população, situação econômica, condições climáticas, etc, etc.
Daí a afirmação de homens públicos com experiência e com visão humanista
como o candidato Henrique Eduardo Alves: “Não vou governar olhando pelo
retrovisor”.
Se Robinson insiste nessa tecla é sinal de que
continua lendo em cartilhas bem conhecidas pelo povo do Rio Grande do
Norte. Foi por não largarem o retrovisor que duas governantes, num
passado ainda recente e – digamos – até atual, tanto decepcionaram Natal
e o Rio Grande do Norte.
Poti Neto (PMDB)
Vice-prefeito de São Gonçalo-RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário