quinta-feira, 19 de junho de 2014

Essa história de “bom cabrito não berra” não é pra Rosalba

Acho cedo para qualquer avaliação sobre o mérito da recente e traumática decisão do DEM em negar legenda para que a governadora Rosalba Ciarlini pudesse ser candidata à reeleição aqui no RN.

Claro, neste momento, não apenas os partidários da governadora e seus afilhados, mas também aqueles que, antes, a detestavam e chegavam a “demonizá-la”, mas, agora, sonham com o seu apoio, consideram-na uma injustiçada.

Do mesmo modo, aos contrários, sobrarão argumentos para justificar a sua exclusão, sob o argumento de que Rosalba – tão competente na hora de construir as alianças que a elegerem repetidas vezes, foi incapaz de sustentá-las estando no poder, acabando como a principal prejudicada pelo próprio veneno.

Diz o provérbio popular que “o bom cabrito não berra”. Ao que parece, essa sentença não é compatível com a personalidade da governadora, pelo tom de ameaça que jogou no ar ao ser entrevistada por Diógenes Dantas nesta quarta-feira, na 96 FM, quando num claro gesto de desafio, lembrou a música de Alcione e proclamou: “Pode esperar”.

A governadora sente-se traída por todos os que tiveram que abandoná-la e, pela forma como fala, não parece disposta a uma atitude de mais serenidade, fazendo uma auto-crítica e até reconhecer que, se todos erraram, ela também pode ter cometido seus equívocos.

Pra mim, pelo pouco que entendo do feijão com arroz da política, se deixar mesmo a poeira baixar – como acenou que deixaria na mesma entrevista – a governadora ainda vai dar graças a Deus por não precisar disputar a reeleição.


Poti Neto (PMDB)

Vice-prefeito de São Gonçalo

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